Transcrição Let’s Movie! – S01e00

LM S01e00 - Presentation

1ª Temporada – Apresentação

Seja bem-vindo a mais um podcast do Projeto Impressões Digitais

Let’s Movie. Simplesmente cinema.

Olá eu sou Sérgio Vieira e este é o episódio zero de 02/jan/2020 da 1ª temporada do Let’s Movie!, mais um podcast do Projeto Impressões Digitais que finalmente saiu da gaveta após mais de uma década. 

Sempre quis fazer algo ligado com o cinema, assim o Let’s Movie! foi pensado há anos para ser um podcast apenas sobre cinema em geral, não atrelado a lançamentos (ok, perdi todo o patrocínio das distribuidoras agora…), nem calcado nos clássicos pop ou naquelas obras restritas a nichos de intelectuais. 

Essa ideia surgiu lá nas minhas participações no Rapaduracast pelos anos 2009, falar sobre filmes de certa forma marcantes na história do cinema, de modo simples, sem firulas e nem mesmo atrelado à minha estética ou à minha memória. 

Eu tinha a ideia de sair cavando coisas inéditas para mim e apresentá-las juntamente com algumas obras já visitadas neste 50 anos por este espectador, via podcast. 

Mas como muitas das minhas ideias esta foi uma que ficou na gaveta por anos. 

Este ano enquanto pesquisava como seria a 2º temporada do Ex-Libris (um podcast que lancei em 2018 multitemático) me peguei pensando em paralelos dos anos 1920/1930 com nossa atualidade (esquerdas e direitas extremadas, ignorância sobrepondo a ciência e o saber) e… bem, não sei em que momento enlouqueci, ou melhor, decidi que a 2ª temporada do Ex-Libris iria focar apenas um tema singelo, simples e fácil: eu iria apenas falar exclusivamente sobre a história da 2ª Guerra Mundial, que completou em novembro de 2019, 80 anos do seu início e agora em 2020 completará 75 anos do seu término. 

Desde janeiro de 2019 pesquiso inúmeras fontes, compilo inúmeros textos, escrevo, reescrevo para finalmente chegar a cerca de 26 roteiros sobre a guerra de 1939 a 1945. 

Se eu disser que tudo está pronto neste exato momento estarei mentido… Basta eu pegar o roteiro que eu mexo aqui, mexo ali simplifico, complemento… tá difícil. 

Mas, como eu não sou tão inteligente assim, e relendo calmamente há algumas semanas atrás, cada um dos roteiros, me peguei lembrando de filmes sobre cada período histórico (sim, vou contar no Ex-Libris a história da 2ª Guerra cronologicamente). 

Daí pra ficar louco de vez foi um pulinho, decidi usar esta relação (afinal o que não falta no mundo é filme sobre a 2ª Guerra Mundial) para lançar o Let’s Movie! com episódios atrelados aos episódios da 2ª temporada do Ex-Libris. 

Assim em um podcast – o Ex-Libris – eu conto a história de um período da guerra e no outro podcast, este aqui  – o Let’s Movie! – eu apresento filmes que referenciam o período.

Dois coelhos com uma caixa d’água só!

Vou publicar ambos podcasts intercalando os episódios, que terão o mesmo título. Assim quem quiser pode acompanhar periodicamente os dois podcasts, que sim, possuem feeds diferentes. 

Sim! Sou louco!

Vai lá no idigitais.com que você vai encontrar todos os feeds e as transcrições de ambos.

Bem, por hoje é só. Isto aqui foi só uma apresentação.

Aguarde o próximo Let’s Movie! com as indicações de filmes sobre o período da 2ª Guerra Mundial apresentado no 1º episódio da 2ª temporada do Ex Libris…

Confuso, né?! Mas eu sou assim mesmo, um tanto caótico.

Não esqueça, nem fique confuso, esta temporada inaugural do Let’s Movie! está atrelada aos episódios da 2ª temporada do Podcast Ex-Libris onde desenvolvo cronologicamente a história da 2ª Grande Guerra. 

Bem-vindo e espero que tenha uma boa sessão de cinema… a partir do próximo episódio, claro.

Tchau!

S01e00 – 1ª Temporada

Apresentando o Podcast

LM S01e00 - Presentation

Let’s Movie! Simplesmente Cinema.

Seja bem-vindo a mais um podcast do Projeto Impressões Digitais, e que trata apenas de cinema.

Nesta temporada inaugural o Let’s Movie! foca nos filmes sobre a 2ª Grande Guerra e todos os seus episódios estão vinculados aos episódios da 2ª temporada do podcast Ex Libris que apresenta cronologicamente os fatos históricos do conflito.

transcrição – clique aqui

Transcrição Ex Libris – S02e00

S02e00 - Presentation

2ª Temporada – Apresentação

Olá, caso você ainda não me conheça eu sou Sérgio Vieira e este é o episódio zero da segunda temporada do Ex-Libris. 

Um podcast que está disponível em diversos agregadores e serviços, desde o Apple Podcasts, passando pelo Google Podcasts até o Spotify. O que não falta são agregadores e serviços de distribuição, dê uma olhada na página idigitais.com e veja os links onde você pode ouvir o Ex-Libris. 

Repetindo, o endereço rss e todos os links destes serviços e agregadores estão publicados na 1ª página do site idigitais.com onde também tem links para, caso ache justo, você doar alguns reais mensalmente para que eu possa manter e melhorar a qualidade tanto do conteúdo como da edição. Esta temporada, principalmente, deu um trabalho insano de pesquisa e continua dando na produção.

Desde já muito obrigado. Sem você este podcast não tem sentido.

Começa agora o Ex-Libris de 26 de dezembro de 2019.

(Essa já é uma marca registrada minha, todos meus podcasts começam ou terminam em dezembro, entre Natal e Ano Novo… bem vamos em frente.)  

Hoje simplesmente apresento a 2ª temporada do Ex-Libris, que, sim, é um podcast rápido e ligeiro sobre Política, Comportamento Humano, Ciência, Tecnologia e Cultura.

World War II

Só que nesta temporada abandonei tudo isto – sim, sou inconstante – e só irei tratar da história da 2ª Guerra Mundial, onde, creio que em 26 capítulos quinzenais, apresentarei, resumidamente, claro, os principais fatos e contornos deste importante e dramático período histórico, que queira ou não queira, mudou toda a estrutura geopolítica e até hoje ecoa em nossas relações nacionais e internacionais.

No início deste ano de 2019, enquanto pesquisava como seria a 2º temporada do Ex-Libris, me peguei pensando em paralelos dos anos 1920/1930 com a nossa atualidade mundial e tupiniquim (esquerdas e direitas extremadas, ignorância sobrepondo a ciência e o saber) e… bem, não sei em que momento enlouqueci, ou melhor, decidi que a 2ª temporada do Ex-Libris iria focar apenas um tema singelo, simples e fácil: eu iria falar exclusivamente sobre a história da 2ª Guerra Mundial que completou, agora em novembro de 2019, 80 anos do seu início e em 2020, quando esta série terminar, completará 75 anos do seu término. Relativismo, caro padawan…

Desde janeiro deste ano de 2019 da era comum, pesquiso inúmeras fontes, compilo inúmeros textos, escrevo, reescrevo para finalmente chegar a cerca de 26 roteiros sobre a guerra de 1939 a 1945. Se eu disser que tudo está pronto neste exato momento estarei mentido. Basta eu pegar o roteiro que eu mexo aqui, mexo ali, simplifico, complemento… tá difícil.

Mas, como eu não sou tão inteligente assim, e relendo — calmamente, há algumas semanas atrás — cada um destes roteiros, me peguei lembrando de filmes sobre cada período histórico (sim, vou contar no Ex-Libris a história da 2ª Guerra cronologicamente).

Daí pra ficar louco de vez foi um pulinho, decidi usar esta relação (afinal o que não falta no mundo é filme sobre a 2ª Guerra Mundial) para lançar um outro podcast, o Let’s Movie! com episódios atrelados aos episódios da 2ª temporada do Ex-Libris.

Sempre quis fazer algo ligado ao cinema, assim o Let’s Movie! foi pensado há anos para ser um podcast apenas sobre cinema em geral, não atrelado a lançamentos (ok, perdi todo o patrocínio das distribuidoras neste momento…), e nem calcado nos classicões pop ou naquelas obras restritas a nichos (iranianos, p.ex.) .

Essa ideia surgiu lá nas minhas participações no Rapaduracast pelos anos 2009, ou seja, falar sobre filmes de certa forma marcantes na história do cinema, de modo simples, sem firulas e nem mesmo atrelado à minha estética ou à minha memória. Eu tinha a ideia de sair cavando coisas inéditas para mim e apresentá-las juntamente com algumas obras já visitadas neste meio século por este velho espectador, via podcast.

Mas como muitas das minhas ideias, esta foi mais uma que ficou na gaveta por anos. 

Até agora…

Assim neste podcast – o Ex-Libris – eu conto a história de um período da guerra e no outro podcast – o Let’s Movie! – eu apresento filmes que referenciam o mesmo período. Ou seja, se eu falo de 1918 a 1939 no Ex-Libris eu apresento no Let’s Movie! da semana seguinte (se eu conseguir) filmes relevantes de guerra deste período. Dois coelhos com uma caixa d’água só!

Vou publicar ambos podcasts intercalando os episódios que (se os deuses quiserem e a polícia da terra permitir) terão o mesmo título. Assim quem quiser pode acompanhar periodicamente os dois podcasts, que sim, possuem feeds diferentes. Vai lá no idigitais.com que você vai encontrar todos os feeds e as transcrições de ambos. É… eu não sou simples!

O episódio zero do Ex-Libris, nesta 2ª temporada, exclusivamente sobre a História da 2ª Guerra Mundial, acabou.

Se você gostou da proposição deste podcast faça como a AMB3 Gestão Ambiental, ajude este podcaster. No idigitais.com estão os links para, caso considere razoável, você fazer uma doação.

Por enquanto sou eu, e apenas eu (como sempre), fazendo tudo (roteiro, gravação, edição, produção, pós-produção, arte, divulgação e gestão…), assim como fazia desde o Impressões Digitais lançado lá em 2005. Mas com o volume de produção e pesquisa para os podcasts deste Projeto, o apoio dos ouvintes se tornou mais do que necessário.

Se a grana anda curta você pode me ajudar divulgando o Ex-Libris para seus amigos, via twitter, facebook, Instagram, tinder, grindr … sei lá, e por favor avalie este podcast no serviço ou agregador que você utiliza. Ou me dano ou me dou bem. Grato.

Ah, sim, estava esquecendo… Se possível diz aí se eu estou acertando? Eu preciso saber o que você acha disso tudo.

Vai lá no idigitais.com e deixe seu comentário, esculacho ou proposta indecente. Pode ser no post deste episódio, na sua transcrição secundária no Medium/@sergiovds ou ainda pelo email [email protected].

Isso me ajuda muito a manter tudo isto aqui e também a minha disposição.

Saúde, paz, grato pela companhia e até a próxima

Ex-Libris, inteligência com propriedade.

S02e00 – 2ª Temporada

S02e00 - Presentation

Apresentação

O produtor enlouqueceu de vez

Ex-Libris (spin-off do Podcast Impressões Digitais), um podcast rápido e ligeiro sobre Política, Comportamento Humano, Ciência, Tecnologia e Cultura, que nesta temporada abandonou tudo isto e só irá tratar da história da 2ª Guerra Mundial. Sim sou meio doido mesmo.

transcrição – clique aqui

Transcrição Ex Libris – S01e20

S01e20 - Kazakhstan

[Tecnologia] – O Cazaquistão decidiu trocar seu alfabeto

Aprendizados Culturais do Cazaquistão para o Bem da Gloriosa Nação Brasileira

Olá, eu sou Sérgio Vieira e este é o 20º e último episódio da primeira temporada do Ex-Libris, um podcast rápido e ligeiro sobre Política, Comportamento Humano, Ciência, Tecnologia e Cultura. A cada episódio um tema. 

Seja bem vindo e espero que o Ex-Libris esteja atendendo suas expectativas. Diz aí.. eu estou acertando? Eu preciso saber o que você acha disso aqui. Vai lá no idigitais.com e deixe seu comentário, esculacho ou proposta indecente. Pode ser no post deste episódio, na sua transcrição no Medium/@sergiovds ou ainda pelo email [email protected].

O Ex-Libris está disponível em diversos agregadores e serviços. O endereço rss e todos os links destes serviços e agregadores estão publicados na 1ª página do site idigitais.com

Começa agora o Ex-Libris sobre Cultura de 30 de dez de 2018.

Hoje veremos porque O Cazaquistão decidiu trocar seu alfabeto ou Aprendizados Culturais do Cazaquistão para o Bem da Gloriosa Nação Brasileira

O Reino Cazaque foi fundado por descendentes de Genghis Khan no século XVI (ou seja coisa de 550 anos atrás), como sendo o Khanato Cazaque, no cruzamento das economias e culturas regionais, e foi o primeiro reino independente da etnia cazaque – um povo nômade de língua túrquica (ou turcomana, ou túrcica ou ainda turco-tártara), que habitava as vastas estepes da Eurásia. 

O reino Cazaque existiu até o século XVIII, até que se fragmentou e, posteriormente, foi incorporado pelo Império Russo.

Em 2017 o Cazaquistão determinou oficialmente a transição gradual da língua cazaque em cirílico para a língua cazaque em alfabeto latino. Já aviso, é a terceira vez que o país troca oficialmente de alfabeto em menos de um século (Borat iria adorar).

Para tanto, criou a Comissão Nacional para a Tradução do idioma cazaque para caracteres latinos, cujo trabalho deverá ser concluído até 2025. (‘Tá parecendo o Brasil, né?!).

Essa atitude não é assim de graça, ou só porque os cazaques querem que todos os que usam o idioma cazaque em todos os continentes o escrevam da mesma forma (alô patrícios de ultramar, isto é um fato para nós brasileiros, e para vocês continuará com acordo ortográfico ou não sendo um “facto”). Eles também não estão de saco cheio com seu alfabeto, tudo isso é parte de um plano… ahá!… de modernização do Cazaquistão (eles vão abandonar aquela história de potássio).

E constitui também em mais um reforço para a sua independência como país e na reconstituição de suas bases históricas, após a extinção da União Soviética, em ‘91, que permitiu aos grupos étnicos que o integravam a busca da autodeterminação. 

Os cazaques buscam com esta atitude uma reflexão séria sobre a etapa soviética na sua história – que trouxe não apenas a modernização, mas também muitas tragédias nacionais, como a fome que resultou da coletivização forçada das décadas de 1920 e 1930, e as quatro décadas de testes nucleares que ainda afetam a saúde dos cidadãos.

O Cazaquistão já tinha introduzido o alfabeto latino entre 1929 e 1940, mas, no início desses anos 1940 do século XX, o alfabeto teve que ser adaptado ao cirílico para “melhorar a comunicação entre as nações e povos da União Soviética”, tal como determinou, então, Moscou (percebeu?). Ah, sim… antes de 1929 eles utilizavam o tradicional alfabeto árabe usado pelas minorias muçulmanas da região da Ásia Central.

Após o fim da União Soviética, apenas Azerbaijão e Turquemenistão tiveram progressos significativos na mudança para o alfabeto latino, enquanto no Uzbequistão a transição fracassou. 

O novo alfabeto com 26 símbolos ao invés dos 42 do cirílico – foi anunciado em outubro de 2017 e recebeu duras críticas da população – algo raro para um país governado há três décadas pelo pulso firme de Nursultan Nazarbayev. 

A primeira versão (apesar de facilitar o uso nos dispositivos eletrônicos globalizados) foi considerada “feia” e passou por uma reformulação em fevereiro de 2018, que substituiu os apóstrofes por acentos agudos. Na transcrição eu apresento uma frase na primeira versão e na versão definitiva. Quase nada muda (ver abaixo).

Então, por exemplo, República do Cazaquistão, que no formato inicial seria escrita como Qazaqstan Respy’bli’kasy virou Qazaqstan Respýblíkasy. Essa última versão parece ter agradado mais.

“Está mais bonito!”, exclamou Asset Kaipiyev, dono de um pequeno restaurante em Astana, capital do Cazaquistão, ao ver o novo formato do alfabeto.

Kaipiyev abriu s eu restaurante em dezembro de 2017 com o nome de Sa’biz, soletrado com a primeira versão do alfabeto latino, com apóstrofe. Mas todo seu material de marketing – do guardanapo ao enorme letreiro – terá que ser substituído. Kaipiyev não cogitou a hipótese de o governo rever o alfabeto e agora estima gastar R$ 12 mil com a mudança.

O que Kaipiyev e outros donos de pequenos negócios estão passando afetará em maior escala todo o país, que precisará mudar desde documentos oficiais a livros didáticos, além de ensinar à população a nova escrita.

De acordo com o censo de 2016, 63% da população são cazaques, 24% são de origem russa, 3% uzbeque e o restante de outras minorias como uigures, tártaros e outros.

Atualmente, o cazaque e o russo são as línguas oficiais. Mas os anos sob domínio do governo soviético levou o russo a ser falado pela maioria do Cazaquistão – quase 94% dos mais de 18 milhões de cidadãos (bem menor que a região metropolitana de São Paulo) são fluentes na língua. A fluência em cazaque é de 74%.

Enquanto isto, a frequência de uso da língua depende da região. Províncias do Norte e centros urbanos influenciados pela Rússia, como Almaty e a capital, Astana, usam o russo tanto nas ruas quanto nos escritórios do governo. No Sul e Oeste, o cazaque é mais usado.

A mídia estatal anunciou que o orçamento do governo para a transição dos próximos sete anos – dividida em três etapas – será de 218 bilhões de tenges (coisa de R$ 2,4 bilhões). Do total, cerca de 90% seriam investidos em educação.

A primeira etapa, entre 2018 e 2020, inclui a criação de um departamento governamental para coordenar a transição, a tradução de livros e outros materiais didáticos e o treinamento de professores. 

Na segunda, entre 2021 e 2023, a nova escrita será introduzida ao público e as diretrizes de ensino serão atualizadas. 

Na última, prevista para 2024 e 2025, ocorrerá a tradução de documentos oficiais e das notícias da mídia estatal, e será expandida ainda a campanha de “conscientização”.

Especialistas estimam que os professores terão que estudar todos os dias durante um mês. E para as crianças, não serão necessárias mais que dez aulas, pois elas aprendem mais rápido que os adultos (isso a gente já sabe).

Sem um detalhamento dos gastos em cada rubrica, economistas têm tido dificuldade de mensurar os custos da empreitada. É… vai custar muitos tenges.

Um impacto difícil de medir seria a fuga de cérebros. Se a reforma não for bem implementada, há grandes riscos de que as  pessoas altamente qualificadas que falam russo, incluindo alguns da etnia cazaque, considerem a emigração. Eles correm risco de perder boas oportunidades profissionais durante todo o período de adaptação. 

Esse risco ficou evidente em fevereiro de 2018, quando o presidente Nazarbayev, bilíngue, ordenou que todas as reuniões de gabinete fossem realizadas em cazaque. 

Como o russo há muito tempo é a língua para os assuntos de Estado, o comando do governo por russos muitas vezes supera o de cazaques. Com isso, uma reunião transmitida pela TV ao vivo mostrou oficiais com dificuldades de se expressar, alguns optaram até pela tradução simultânea.

Além disso, documentos de identidade, passaportes, leis e regulamentações – toda a papelada que o governo  precisam para funcionar – terá que ser traduzida. O governo anunciou que isto fará parte da terceira etapa da transição, mas não especificou o quanto irá custar.

Outra mudança ainda sem orçamento definido é a implementação do novo alfabeto pela mídia estatal. Para se usar o novo alfabeto, será preciso treinar as pessoas primeiro, e então adaptar toda a infraestrutura de TI ao novo formato. O custo, segundo alguns, ficaria em torno de R$ 56 a R$ 112 milhões.

E esses são números apenas para o setor público. O setor privado teria que fazer isso por conta própria, obviamente. Poderia gastar o dobro, ou dez vezes mais. Isto depende do quão rígido o governo será; por exemplo, será exigida a mudança no período de um único ano? É possível que sim. Pois, governo implantando agenda política é algo incontrolável e imprevisível, né?!

Há o temor ainda que a população, especialmente os mais idosos, tenha dificuldades para ler e escrever com o alfabeto latino. Por isso, a comunicação no setor público talvez tenha que ser realizada em várias línguas. Isso pode ser chamado de “o ônus da língua”, porque todo documento do setor público teria que ser escrito em russo, cazaque e com o novo alfabeto cazaque… Para isso seria preciso empregar tradutores, destacando que esse custo também não foi descrito em nenhum orçamento, até o momento.

Estima-se que a transição completa custaria algo em torno de R$ 3,7 bilhões, mais de um bilhão acima do previsto pelo governo cazaque. 

Alguns burocratas estatais consideram, por exemplo, que os custos da tradução de documentos serão inseridos no orçamento usual do país. Afirmando que as despesas reais serão apenas para programas informativos para apoiar a transição. Outros acreditam que o orçamento anual não ultrapassará R$ 33 milhões entre 2018 e 2025. (Pô… eles são pior que a gente, esse treco vai custar bilhões! Mas deixa meus palpites pra lá, vamos em frente).

O governo sabe que a transição do alfabeto é algo “difícil de vender” e que não trará retorno direto em investimentos. Por isso, o próprio governo divulga que o processo deve ser visto mais como um programa de desenvolvimento social e cultural. É mais uma questão de identidade nacional que todos devem estar prontos para pagar (como sempre).

Economistas creem que a economia sofrerá uma desaceleração por conta das divisões políticas que surgirão da mudança na escrita. Enquanto alguns especulam que a decisão de Nazarbayev sinaliza o esfriamento da relação com a Rússia, acredita-se que ela também poderia enfraquecer as relações comerciais com as antigas repúblicas soviéticas.

Hoje até 10% do fluxo de comércio entre Rússia, Cazaquistão e Ucrânia ocorre pela conveniência da língua compartilhada, que de certa forma se traduz numa proximidade de cultura e mentalidade. Isso também significa que os cazaques que falam russo têm mais mobilidade econômica entre os países. Enquanto isto, o Azerbaijão e a Geórgia, nações não fluentes em russo, têm relações comerciais mais fracas com o Cazaquistão.

Por outro lado, ter um alfabeto latino significa estar mais integrado ao mundo ocidental. 

A Turquia, por exemplo, fez a transição do alfabeto árabe para o latino em 1928, o que a levou a formar alianças com a União Europeia e travar negociações para se tornar um de seus membros – resfriadas recentemente, graças ao maluco do Erdogan.

A Turquia há muito é exemplo de como a modernização da língua e dos sistemas legais elevaram sua posição a potência econômica. Mas esse progresso se deve, principalmente, à expansão da alfabetização e ao firme controle de Mustafa Kemal Atatürk, fundador da República da Turquia, no início do século 20.

A transição para o alfabeto latino, que ocorreu em 28, foi realizada muito rapidamente, numa época que poucos turcos sabiam ler e escrever. Atatürk precisava de pessoas educadas para que seu país estivesse no mesmo nível que a Europa e os Estados Unidos, e parte do impulso da educação foi o novo alfabeto.

A transição do Cazaquistão tem mais relação com o afastamento de seu passado soviético do que com a educação ou economia, é obvio, claro e cristalino. É um argumento político, uma demonstração que é um Estado independente, moderno, que é uma nação.

Talvez por isso, especialmente os jovens estão celebrando o novo alfabeto. Pesquisas feitas na última década pelo instituto linguístico mostram que, em 2007, 47% dos jovens entre 18 e 25 anos apoiavam a mudança. Em 2016, a adesão nessa faixa etária saltou para 80%.

É a escolha das pessoas, da nação. E o novo alfabeto está conectado com os sonhos e ao futuro cazaque. Isto mostra que a história de um Cazaquistão independente da Rússia está finalmente começando.

Apesar do custo adicional ao seu negócio, Kaipiyev, o dono do restaurante Sa’biz, apoia integralmente a mudança. Em suas palavras:

”Queremos nos conectar com a Europa e a América e com outros países. Isto vai nos ajudar a virar a página para o próximo capítulo”.

Mas Kaipiyev não deve mudar o material de seu restaurante de imediato. Depois de refletir por um momento, ele finaliza:

“Acho que vou deixar assim por enquanto. Mudarei quando as pessoas realmente conseguirem ler o que está escrito”.

Nota Final:

Após a gravação deste episódio e antes de sua publicação Nursultan Nazarbayev de 78 anos, presidente por quase 30 anos do Cazaquistão, desde a queda da União Soviética em 1991, transferiu em 19 de Março de 2019 a presidência do país para o presidente do Senado Kazaque, Kassym-Jomart Tokayev. 

Ao que parece esta atitude possui outros interesses de Nursultan já que ainda é mantido como chefe do conselho de segurança, como líder do Nur Otan o partido que domina o parlamento e ainda manterá  título legal de líder da nação.

O Ex-Libris, um podcast rápido e ligeiro – às vezes – hoje sobre Cultura, acabou. 

Se você gostou deste projeto faça como a AMB3 Gestão Ambiental, ajude este podcaster. Ainda estou tentando descobrir qual a maneira de você me ajudar – aceito sugestões. 

Se a grana anda curta você pode me ajudar divulgando o Ex-Libris para seus amigos, via twitter, facebook, Instagram, tinder… sei lá, e nos avaliando nos serviços e agregadores onde divulgo este podcast. 

Isso nos ajuda muito a manter tudo isto aqui e também a minha disposição.

Saúde, paz, grato pela companhia e até a próxima

Ex-Libris, inteligência com propriedade.

Transcrição Ex Libris – S01e19

S01e19 Bio On Demand

[Tecnologia] – Uma maleta de dar inveja ao James Bond

Como fazer produtos biológicos sob demanda

Olá, eu sou Sérgio Vieira e este é o 19º episódio da primeira temporada do Ex-Libris, um podcast rápido e ligeiro sobre Política, Comportamento Humano, Ciência, Tecnologia e Cultura. A cada episódio um tema. 

Seja bem vindo e espero que o Ex-Libris esteja atendendo suas expectativas. Diz aí.. eu estou acertando? Eu preciso saber o que você acha disso aqui. Vai lá no idigitais.com e deixe seu comentário, esculacho ou ainda proposta indecente. Pode ser no post desse episódio, na sua transcrição no Medium/@sergiovds ou ainda pelo email [email protected]

O Ex-Libris está disponível em diversos agregadores e serviços. O endereço rss e todos os links desses serviços e agregadores estão publicados na 1ª página do site idigitais.com

Começa agora o Ex-Libris sobre Tecnologia de 23 de dez de 2018.

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Ter à mão produtos biofarmacêuticos em áreas remotas normalmente é muito difícil, às vezes, até impossível. Pesquisadores financiados pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa dos EUA (a DARPA gente… U.S. Defense Advanced Research Projects Agency)  estão tentando mudar tudo  isso. 

Eles estão encontrando maneiras de aumentar rapidamente a produção de produtos biológicos quando são necessários. Um dos projetos se concentra na produção de proteínas em um sistema bem simples, de bancada. Um outro empacota todo o sistema em uma maleta de mão! 

Um dos mais sérios problemas em situações extremas como a de um médico do Exército dos EUA estacionado numa zona de conflito (pode escolher a zona que quiser… tem norte-americano em um monte delas por aí: Líbia, Iraque, Síria, Iêmen, Paquistão, Somália, não Somália não… lá eles só estão usando drones), ou de uma operação de auxílio humanitário da ONU nas Filipinas, p.ex., após mais um tufão devastador, não se restringe à dificuldade em acessar medicamentos, além das limitações de suprimentos, há o problema de armazenamento de certos biofármacos, como a insulina.

Nada como possuir algo como o sintetizador de comida da Enterprise da série Star Trek; ou seja, uma maquineta que pudesse sintetizar qualquer droga a qualquer momento, em qualquer quantidade, para atender situações austeras, em que hoje em dia, toda uma operação de logística é desperdiçada para levar e carregar caixas e caixas de remédios que podem não ser utilizados integralmente. 

A logística, então, seria apenas transportar alguns reagentes básicos e o laboratório portátil sintetizaria ‘in situ’ o que fosse necessário.

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Desde 2010, a DARPA possui um programa de medicina no campo de batalha. Onde o desafio aos pesquisadores foi o de encontrar maneiras de fabricar drogas, pequenas moléculas e produtos biofarmacêuticos em menos de 24 horas.

No início de 2018, duas equipes de pesquisa financiadas pela DARPA – uma do MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts] e uma da Universidade de Maryland – responderam ao desafio, desenvolvendo sistemas modulares capazes de produzir terapias protéicas sob demanda. 

Espera-se que tais sistemas e outros semelhantes sejam melhorados, otimizados em breve permitindo que biofármacos, também conhecidos como produtos biológicos, sejam produzidos em ambientes remotos por médicos militares. 

Obviamente o mesmo tipo de tecnologia pode tornar mais fácil e barato o fornecimento de outros medicamentos e vacinas em todo o mundo. E em países desenvolvidos, que já têm acesso a produtos biológicos, as tecnologias subjacentes podem abrir caminho para medicamentos verdadeiramente personalizados.

Bem… aqui nem vou desenvolver o outro lado dessa moeda. Afinal, drogas são drogas, né? Agentes biológicos são agentes biológicos, vai daí…

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Um dos objetivos da DARPA na sintetização de produtos biológicos sob demanda é eliminar a necessidade de refrigerar drogas, como a  insulina. O armazenamento a frio precisa de energia, e isso é um grande problema quando se está lidando com ambientes extremos que carecem de infraestrutura, como as frentes militares sejam elas humanitárias ou de batalha. 

Fabricar insulina e qualquer e produto biológico no local e depois entregá-los imediatamente aos pacientes eliminaria a necessidade de estoque climatizado.

A DARPA também quer reduzir a necessidade de estocar produtos biológicos como contramedidas no caso de ataques químicos, biológicos, radiológicos ou nucleares. Essas drogas raramente precisam ser usadas e precisam ser substituídas à medida que elas expiram. Os estoques menores poderiam ser mantidos para uso imediato, e mais drogas poderiam ser feitas localmente em resposta às epidemias ou ataques.

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Os biofármacos são normalmente sintetizados em lotes em enormes reatores de grande escala, com milhares de litros de volume, por células geneticamente modificadas para produzir as proteínas desejadas. 

No caso da bactéria E. coli, as células devem ser rompidas para recuperar as proteínas. No caso de células de levedura ou de ovário de hamster chinês (CHO), as células secretam as proteínas, o que simplifica a purificação. 

A troca de um desses sistemas de uma molécula para outra pode levar meses. Tais reatores de larga escala são mais eficientes quando usados ​​para produzir proteínas para uma grande população de pacientes. As empresas visam otimizar sua cadeia de suprimentos ao longo de um período de aproximadamente dois anos, mas obter tais previsões corretamente pode ser um desafio.

Tradicionalmente, a fabricação de classes mais amplas de produtos biofarmacêuticos – de enzimas a hormônios e citocinas – requer processos únicos e personalizados, além de instalações exclusivas projetadas para cada molécula.

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Como produtos biológicos podem ser produzidos em até 24 horas? 

Bem… O sistema que a equipe do MIT criou, chamado Integrated Scalable Cyto-Technology, ou InSCyT, usa células de levedura Pichia pastoris para produzir vários medicamentos em um sistema de fabricação de bancada. 

O genoma da levedura é pequeno o suficiente; por cerca de 30 dólares, você pode sequenciar a coisa toda. A acessibilidade dessa biologia possibilita pensar em sintonizar o hospedeiro para produzir as moléculas de interesse com a precisão necessária para os biofármacos. Com novas ferramentas de sequenciamento e edição de genoma, os pesquisadores podem rapidamente adaptar a levedura para produzir novas proteínas.

Conhecer bem a biologia da levedura também permite que a equipe do MIT preveja quais proteínas das células hospedeiras podem contaminar seu produto biológico. Tipicamente, a indústria biofarmacêutica programa células CHO para bombear produtos biológicos selecionados. 

As indústrias usam células CHO porque são células de mamíferos que podem realizar as modificações pós-tradução muitas vezes necessárias para proteínas terapêuticas. Mas essas células, mais complexas que a levedura, geram cerca de 2.000 proteínas contaminantes além da terapêutica desejada. Com a levedura, apenas cerca de 200 proteínas hospedeiras acabam no meio da cultura celular com o produto, facilitando, assim, a purificação.

A turma do MIT ressalta que o sistema InSCyT tem todos os componentes da bio-manufatura convencional, só que em menor escala. O que conseguiram tem os mesmos elementos de fabricação que geralmente se espera de uma instalação típica.

O InSCyT é composto por três módulos. A fermentação ocorre em um módulo de produção. O meio de cultura de células desse módulo, com o produto protéico, flui através de tubos para um sistema de cromatografia num módulo de purificação. Finalmente, a proteína purificada é filtrada em um módulo de formulação.

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Em contraste ao sistema do MIT, o outro sistema financiado pela DARPA funciona sem células. 

Chamado de Bio-MOD (Biological-derived Medicines on Demand), o sistema projetado por uma equipe da Universidade de Maryland, em Baltimore, cabe em uma mala de 90cm, ou melhor, 89 cm.

Os pesquisadores agora estão trabalhando em uma versão ainda menor, que caiba em uma pasta.

Em vez de usar células, o Bio-MOD trabalha com extratos liofilizados de células CHO. Os extratos contêm a transcrição genética e a maquinaria de tradução das células que a Bio-MOD usa para sintetizar a terapêutica de proteínas. 

Em comparação com o sistema do MIT, o da Universidade de Maryland é modularmente semelhante, incluindo módulos de produção e purificação de proteína de uso único que podem ser inseridos na mala.

Uma das principais vantagens dos sistemas sem células é a velocidade. Por outro lado, o sistema baseado em células do MIT pode produzir centenas de milhares de doses de produtos biológicos protéicos em cerca de três dias.

A outra vantagem dos sistemas livres de células é que a refrigeração não é necessária durante o transporte. Os extratos de células liofilizadas que o Bio-MOD usa são como leite em pó.

Explicando: leite fresco é um produto perecível que precisa ser refrigerado, todo mundo sabe. Quando descobriram que é possível fazer leite em pó, isso revolucionou a nutrição em todo o mundo. Você poderia ter algo que é estável na prateleira. Basta adicionar água quando precisa e voilá… leite pronto. O miojo também tá aí pra provar que é isso mesmo.

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Os extratos de células funcionam de uma maneira semelhante, cataliza-se, hidrata-se e pronto. O grupo da Universidade de Maryland mostrou que mesmo células de sangue humano podem servir como fonte de extratos livres de células.

Eles vêem… o grupo de Maryland…  esses extratos sendo particularmente úteis para obter vacinas. Em tais casos, os pesquisadores podem extrair sangue de indivíduos, fazer o extrato, usá-lo no sistema Bio-MOD para produzir uma proteína, como um antígeno de vacina, e injetá-lo de volta na mesma pessoa.

Esse processo seria especialmente útil para lidar com surtos e epidemias. Se você pudesse fazer a vacina no ponto de atendimento, poderia administrá-la imediatamente a todas as pessoas da vizinhança e eliminar os possíveis surtos. Injetar a vacina de volta na mesma pessoa reduziria ou até eliminaria a necessidade de rastreio de vírus ou imunogenicidade.

O Bio-MOD da Universidade de Maryland tem algumas desvantagens. Os sistemas de produção sem células são geralmente adequados para produzir pequenas quantidades de proteínas. E mais purificação é necessária para remover os restos celulares.

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A DARPA vê benefícios em ambos os sistemas, bem como suas aplicações distintas.

O produto liofilizado da Universidade de Maryland pode ​​ser armazenado de forma bastante robusta na prateleira a temperatura e umidade relativamente elevadas. Você pode imaginar isso sendo usado em um ambiente muito austero. 

O Bio-MOD é apropriado para missões de operações especiais envolvendo um pequeno número de indivíduos que precisam de proteção contra ameaças específicas.

O sistema de bancada do MIT, por outro lado, poderia ser usado para substituir os estoques biofarmacêuticos. A raridade de ataques químicos e outros tipos de ataques significa que esses estoques são raramente usados. 

Você poderia pensar nisso como uma manufatura aditiva para a indústria farmacêutica, onde você poderia produzir o que você precisa quando você precisa, ou seja, prevenção para cenários de surto epidêmico ou de evento de exposição massiva. 

Com um deslocamento rápido, de horas, o sistema é capaz de permitir a produção de centenas de doses por dia apenas com sua operação em escala laboratorial. Você poderia imaginar escalonar isso para fazer milhares de doses por dia dependendo apenas da distribuição geográfica das unidades.

Ambos os projetos demonstraram que poderiam produzir uma variedade de moléculas, incluindo proteínas terapêuticas e antígenos para vacinas. Entre eles está o fator estimulante de colônias de granulócitos (G-CSF), uma proteína que é administrada em resposta à exposição à radiação. 

Uma versão genérica do G-CSF foi sintetizada e aprovada pela Food & Drug Administration dos EUA, portanto, é uma terapia protéica bem compreendida que as equipes do MIT e do Universidade de Maryland certamente usaram para testar seus sistemas.

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Outras organizações, além da DARPA, estão interessadas em bio-manufatura sob demanda para tornar mais fácil e barato o fornecimento de produtos biológicos em todo o mundo. 

A maioria dessas outras organizações e pesquisadores está focada em desenvolver e produzir sistemas livres de células por causa de sua capacidade de trabalhar em uma infinidade de ambientes. A primeira vez que extratos de células liofilizadas foram usados ​​para produzir proteínas foi por um grupo da Brigham Young University em 2014.

Mais ou menos na mesma época uma outra equipe do MIT também criou extratos celulares liofilizados, que eventualmente aplicaram à bio-manufatura portátil sob demanda.

A fabricação de proteínas sem células segue o fluxo: Extratos de células liofilizadas e plasmídeos (moléculas de DNA extra cromossomos que podem ser passadas de bactéria à bactéria, carregando consigo informações genéticas – e até mesmo novos genes) são misturados e reidratados para completar a síntese. Tipo um miojão…

Sistemas sem células podem melhorar a saúde global, abrindo uma portabilidade para os profissionais de saúde em áreas de baixa renda; para militares ou viagens espaciais, exploradores ou atletas, ou seja produzindo quantidades modestas em áreas de recursos limitados.

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A bio-manufatura sob demanda tem o potencial de reduzir os custos de produção de produtos biológicos para pequenos grupos de pacientes, e até mesmo para pacientes individuais.

Na Holanda, esse objetivo está a caminho de se tornar realidade. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Utrecht conduzem um programa-piloto no qual fazem terapias biológicas sob demanda para pacientes individuais.

A economia, obviamente, é um dos dos impulsionadores da pesquisa. Os preços estão aumentando ao mesmo tempo em que a eficácia média de novos medicamentos está diminuindo. Isso é fato.

A indústria biofarmacêutica desde sempre não é, nunca foi, ou será por enquanto, projetada para o próximo passo do cuidado farmacêutico, que é a medicina personalizada.

A equipe de Utrecht está produzindo produtos biológicos na farmácia do hospital a custos 5% maiores que os da indústria e ainda assim tem lucro. Esse modelo pode ser considerado o equivalente biológico ao de uma farmácia de manipulação.

Os holandeses começaram com o tratamento para o linfoma (um câncer dos glóbulos brancos que pode se tornar resistente às terapias com anticorpos). Por causa desta resistência, os médicos precisam de outra maneira de direcionar as células cancerosas de um paciente. 

Uma vez que um novo biomarcador para as células é encontrado, a equipe da Universidade de Utrecht pode produzir um anticorpo monoclonal personalizado para combiná-lo e estar pronto para tratar a pessoa. 

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Haverá sempre a necessidade de uma indústria farmacêutica para grandes populações de pacientes e para a produção em massa de drogas. Mas a ideia holandesa é fazer apenas a quantidade necessária para um ano de tratamento. As formas de dosagem feitas pela indústria farmacêutica resultam frequentemente na necessidade de descartar produtos não utilizados. 

Pois é… somos capazes de criar e desenvolver inúmeras coisas que nos facilitam a vida, e ao mesmo tempo ter como sub-produto desta mesma criação aquilo que pode sufocar nossa estrutura econômica. 

Precisamos urgentemente rever toda nossa estrutura de produção e consumo. 

O tempo já se esgotou, ultrapassamos o limite do mínimo impacto.

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O Ex-Libris, um podcast rápido e ligeiro – às vezes –  hoje sobre Tecnologia, acabou. 

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Saúde, paz, grato pela companhia e até a próxima

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Transcrição Ex Libris – S01e18

S01e18 Nobel 18

[Ciência] – Imunidade, laser e evolução dirigida

Nada como a comunidade científica reconhecer o método científico.

Olá, eu sou Sérgio Vieira e este é o 18º episódio da primeira temporada do Ex-Libris, um podcast rápido e ligeiro sobre Política, Comportamento Humano, Ciência, Tecnologia e Cultura. A cada episódio um tema. 

Seja bem vindo e espero que o Ex-Libris esteja atendendo as suas expectativas. Diz aí.. eu estou acertando? Eu preciso saber o que você acha disso aqui. 

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Começa agora o Ex-Libris sobre Ciência de 18 de dez de 2018.

Neste episódio eu falo sobre Imunidade, laser e evolução dirigida ou nada como a comunidade científica reconhecer o método científico.


Em 2018 o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina foi dado a dois pesquisadores que desenvolveram distintas terapias anti-tumorais baseadas na inibição da regulação imunológica negativa. Estas terapias conseguem bloquear a inibição que os tumores exercem sobre o sistema imunológico, de modo que, ao liberar este freio, o sistema imunológico ataca estes tumores e os erradica.

Para entender o significado dessa descoberta e por que ela merece um Prêmio Nobel, é necessário primeiro entender uma propriedade fundamental dos mecanismos imunológicos de defesa.

Estes mecanismos devem ser ativados quando eles encontram um invasor no sistema ou dentro de uma célula do organismo que é uma ameaça para o ser. De modo simples, o corpo de mamíferos possui um sistema que age quando ele é infectado por um vírus ou quando uma sua célula se torna uma célula tumoral.

A ativação normal do sistema imunológico humano (em particular dos linfócitos T, que são os mais importantes para o sistema de defesa, mas não são os únicos), não apenas necessita reconhecer os organismos estranhos, mas também as próprias moléculas que aceleram esta ativação. 

Os mecanismos de defesa sempre produzem danos colaterais ao próprio organismo, danos que podem ser importantes. Assim, uma vez eliminada a ameaça, é necessário parar a ação desses mecanismos de defesa para impedir que nosso próprio sistema imunológico nos prejudique.

Os fãs de House, lembram, nunca é Lúpus…

Quando estes mecanismos de interrupção falham, doenças auto-imunes se desenvolvem, assim como os linfomas. Se estes mesmos mecanismos de frenagem forem colocados em prática antes do necessário o sistema imunológico para de defender o corpo antes de acabar com o inimigo.

Assim, por suas pesquisas sobre estes mecanismos de interrupção – que atuam quando o sistema imunológico ataca as células tumorais – o Prêmio Nobel de Medicina em 2018 foi concedido ao norte-americano James Allison e ao japonês Tasuku Honjo.

Allison é co-descobridor de uma molécula, chamada CTLA-4, que age como um potente freio na atividade imunológica. A geração de anticorpos capazes de bloquear essa molécula libera o freio e permite que o sistema imunológico continue atacando os tumores.

Honjo descobriu em 1992 outro dos freios fundamentais do sistema imunológico: a molécula PD-1. Ele determinou a função dessa molécula em precisos experimentos com linfócitos T e animais de laboratório. 

O PD-1 funciona por um mecanismo diferente do CTLA-4, mas também seu bloqueio com anticorpos previne a interrupção do sistema imunológico e tem se revelado um poderoso estímulo na luta antitumoral. 

O uso de ambas estratégias em terapias, por vezes, consegue curar completamente casos específicos de câncer.


Invenções inovadoras na física do laser (acrônimo de Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, ou seja, amplificação da luz por emissão estimulada de radiação) foram as protagonistas do Prêmio Nobel de Física de 2018. O prêmio foi dividido em duas metades. 

A primeira metade do prêmio foi atribuída a Arthur Ashkin, pesquisador da Bell Labs em Holmdel, Estados Unidos, pelo desenvolvimento de pinças e aplicações ópticas para sistemas biológicos. 

A segunda metade foi atribuída, em duas partes iguais, a Gérard Mourou, pesquisador da Ecole Polytechnique Palaiseau, da França e Donna Strickland, uma pesquisadora da Universidade de Waterloo, no Canadá, pelo desenvolvimento de um método para gerar pulsos ultra-curtos de laser de grande intensidade.

Foi Kepler, em 1619, o primeiro a propor que a luz pode exercer pressão sobre os corpos, após observar que a cauda de um cometa apontava sempre de forma radial e oposta ao Sol. Ele propôs que a luz solar forçava as partículas dos cometas a se afastarem do Sol. 

Esta proposta foi justificada teoricamente por Maxwell, dois séculos e meio mais tarde, mas não pôde ser demonstrada até a descoberta do laser, uma luz extremamente pura e coerente, cuja existência foi proposta por Einstein em 1915, mas não era uma realidade até 1960. 

Então, quando eu nasci não havia laser… na realidade nem o Sputinik havia sido lançado ainda.

O laser propiciou inesperadas possibilidades para a pesquisa e despertou a imaginação de muitos criadores de ficção científica. 

Por exemplo, lá nos meados de 1960, Eugene Wesley Roddenberry – conhecido pelos fãs como Gene Roddenberry, criador da série Star Trek – sonhou com um raio trator capaz de capturar objetos para movê-los à vontade. Esses sonhos também alimentaram a imaginação de Arthur Ashkin que decidiu pesquisar como trazê-los à realidade. 

Ashkin compreendeu que a luz branca, que é um conjunto de ondas eletromagnéticas que se dispersam em todas as direções, não iria ajudar, então decidiu usar o laser, uma luz extremamente diferente da luz solar e das lâmpadas comuns. 

As ondas eletromagnéticas que compõem o laser oscilam de maneira coerente, concentrando toda a sua energia em um feixe com direção e frequência muito bem definidas. 

Logo após a construção do 1º laser, lá em 1960, o físico Arthur Ashkin começou a experimentar a nova fonte de luz nos Laboratórios Bell, em Nova York, Estados Unidos. Ashkin percebeu que poderia usar a pressão de radiação de um feixe laser para empurrar bolinhas microscópicas. 

Seus experimentos mostraram que, além de serem empurradas na direção da propagação do feixe laser, as bolinhas sofriam uma força  inesperada que as atraia para o centro do feixe. A força era produzida pelo gradiente de intensidade na seção transversal do feixe, menos intenso na periferia, e mais intenso no centro.

Anos mais tarde, em 1986, Ashkin colocou uma lente no caminho da luz para que ela concentrasse o foco do laser, e assim mostrou como combinar a pressão de radiação, força do gradiente de intensidade e o foco de uma lente para criar uma… pinça óptica, um conjunto óptico capaz de aprisionar um objeto microscópico em um ponto no espaço tridimensional. 

Com suas pinças ópticas, Ashkin e sua equipe foram capazes de capturar não só partículas inanimadas, mas também vírus, bactérias e células vivas. Graças ao desenvolvimento das pinças ópticas hoje pode-se capturar e isolar células individuais para estudar os componentes e mecanismos celulares, os mecanismos moleculares de flagelos de uma bactéria, até as moléculas de DNA e proteínas.

Ou seja, temos sim raios tratores… só que em pequena escala.


Como já dito, a segunda parte do Prêmio Nobel de física 2018 foi concedida a Gerard Mourou e Donna Strickland pelo desenvolvimento de um sistema que gera impulsos muito curtos de laser de alta intensidade. 

O desenvolvimento do laser permitiu uma rápida evolução para fontes de luz cada vez mais potentes. No entanto, nos meados da década de 80 – quase na mesma época em que Ashkin inventou a pinça óptica – uma barreira física impedia seguir aumentando a intensidade do laser, os equipamentos não suportavam e acabavam irremediavelmente danificados nas tentativas de se usar potências maiores.

Explicando rapidamente: A geração de todo laser acontece através de  uma reação em cadeia dentro de um material onde a presença de partículas de luz, os fótons, estimulam a produção de mais fótons. 

Quando a potência de um laser ultrapassa os gigawatts, entretanto, o material amplificador começa a ser destruído pela própria radiação intrínseca. Ou seja, é como você aumentar a voltagem que alimenta qualquer equipamento eletrônico doméstico… o sistema, os materiais não aguentam e queimam.


Strickland, ainda no doutorado da Universidade de Rochester, em Nova York, nos Estados Unidos, juntamente com seu  orientador, Mourou, conceberam uma maneira inteligente para ultrapassar a barreira. 

A técnica, conhecida como CPA (chirped pulse amplification), consistia em submeter um pulso de luz por três estágios. Numa primeira fase, usando um cabo de fibra óptica muito longo, o pulso foi esticado ao longo do tempo, desta forma a intensidade foi reduzida em cada momento. 

Ao diminuir a intensidade, o pulso pode ser amplificado sem perigo em uma segunda fase e, finalmente, graças a um sistema projetado por eles, os pesquisadores comprimiram o pulso ao longo do tempo, conseguindo assim uma maior concentração de fótons em um espaço de curta duração. 

Em 1985, Strickland e Mourou tiveram sucesso e abriram um novo campo de aplicações para o desenvolvimento de pulsos ultra-curtos de alta intensidade.

O método desenvolvido por eles permitiu o desenvolvimento de lasers capazes de concentrar uma enorme energia em um espaço minúsculo, que atualmente são usados para cortar ou perfurar com extrema precisão. 


Os lasers de pulsos ultra-curtos atualmente atuam na ordem de femtosegundos, (1 femtosegundo equivale a 10-15 segundos, ou seja, zero vírgula mais 14 zeros e aí aparece o 1, ou 1 quadrilionésimo de segundo ou ainda um bilionésimo de bilionésimo de segundo) e com potência da ordem de terawatts (1012). Sua TVzona de 60 polegadas hoje em dia consome 100 watts e olhe lá! 

Nota: tem gente já buscando trabalhar com pulsos em attosegundos (equivalente a 10-18 segundos), veja o link na transcrição deste episódio [ Dinámica de los electrones con pulsos láser ultrarrápidos: Hacer cine en attosegundos]


Uma das aplicações mais importantes no campo da biologia tem sido o desenvolvimento de lasers cirúrgicos com os quais operações delicadas podem ser realizadas, por exemplo, em oftalmologia, que permitem corrigir miopia ou problemas de catarata de maneira minimamente invasiva. 

A técnica de pulsos ultra-rápidos permite que lasers cortem materiais de todos os tipos em aplicações industriais, bem como permite a observação de fenômenos que ocorrem em curtíssimos intervalos de tempo, como aqueles que acontecem em moléculas durante reações químicas.

Por fim, vale lembrar que Strickland é a primeira pesquisadora a ganhar o Nobel de Física nos últimos 55 anos. Além dela, apenas duas outras físicas ganharam um Nobel: Marie Curie, em 1903, e Maria Goeppert-Mayer, em 1963. 


A Real Academia Sueca de Ciências concedeu metade do Prêmio Nobel de Química 2018 a Frances Arnold, por ter desenvolvido a técnica de controle da evolução das enzimas de maneira direcionada. 

As enzimas são catalisadores de reações químicas, e através de sua evolução direcionada é possível obter novas enzimas que catalisam reações químicas de interesse que não eram possíveis antes.

A evolução das enzimas, como de qualquer outro tipo de moléculas, ocorreu e continua a ocorrer ao longo da evolução das espécies. Lembre-se de que esta – a evolução, não as enzimas – funciona por meio de mutações que ocorrem aleatoriamente em indivíduos, seguidas pela seleção daqueles indivíduos que, graças – e em parte – àquelas mutações, foram mais capazes de sobreviver e transmitir seus genes às gerações subsequentes.

Fique feliz você é um eleito.

Frances usa esse princípio de mutação e seleção com os genes da enzima de interesse. Graças às técnicas de biologia molecular, os genes das enzimas de células de mamíferos podem ser introduzidos em bactérias, de modo que estas sejam as que mais rapidamente produzam grandes quantidades da enzima de interesse de nós, senhores dominantes dessa técnica.


Antes de introduzir os genes em bactérias, no entanto, eles podem ser submetidos a um perocesso que introduz aleatoriamente mutações neles. 

Deste modo, as bactérias produzirão um conjunto de enzimas mutadas, ou seja, cada uma delas terá propriedades ligeiramente diferentes. 

Os genes que produzem enzimas próximas do que se procura, por exemplo, uma enzima mais resistente às altas temperaturas, passam por ciclos adicionais de mutação e seleção, até que uma enzima com as propriedades desejadas seja obtida.

A norte-americana Frances Arnold – primeira pesquisadora que conseguiu realizar uma técnica de evolução artificial de enzimas – é cientista do Instituto de Tecnologia da Califórnia, onde realiza esse trabalho desde 1993 e estuda como o desenvolvimento das enzimas pode ser aplicado, por exemplo, na fabricação de substâncias químicas menos poluentes. Frances é a quinta mulher a receber o Prêmio Nobel de Química na história.


A outra metade do Prêmio Nobel de Química de 2018 foi entregue à dupla George Smith e Sir Gregory Winter. 

O pesquisador da Universidade do Missouri, George Smith, foi o responsável em 1985 pelo desenvolvimento de um método chamado de Exibição de Fago, no qual um bacteriófago (vírus que infecta bactérias) é usado para criar novas proteínas. 

Já o pesquisador do Laboratório de Biologia Molecular da Universidade de Cambridge, Sir Gregory Winter, usou o método de Exibição de Fago para produzir novos fármacos, incluindo anticorpos que conseguem neutralizar toxinas para combater doenças autoimunes ou curar alguns tipos de câncer metastático. 

Ambos pesquisadores foram também os primeiros a introduzir uma sequência de DNA em um vírus e usá-lo para infectar uma bactéria e fazê-la produzir anticorpos, que isolados, purificados e usados em remédios, não causam reações adversas ao paciente. 

Essa descoberta permite desenvolver tratamentos mais específicos a células cancerígenas ou a doenças autoimunes. 

Entretanto, o primeiro medicamento feito a partir desse método se chama adalimumab (gostei deste nome adalimumab), foi produzido em 2001 e é usado para tratamento de artrite reumatoide, artrite psoriásica, psoríase e doença de Crohn. Ah, sim… aqui no Brasil, atualmente, 4mg deste medicamento indicado para doses a cada 2 semanas (14 dias), custa cerca de R$ 8,5 mil (não gostei disso não).

As técnicas de biologia molecular envolvidas são, além de caras (como vimos), complexas, mas se você estiver interessado no assunto pode começar pelo link disponível na transcrição deste episódio que leva à justificativa da Real Academia Sueca de Ciências para este prêmio.


O Ex-Libris, um podcast rápido e ligeiro – às vezes – hoje sobre Ciência, acabou. 

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Saúde, paz, grato pela companhia e até a próxima

Ex-Libris, inteligência com propriedade.